Instante
Passaste célere
E pediste pouco.
Olhaste em frente
E viste
O amor louco
Avançando como locomotiva,
Trepidando
Na tua paixão cativa
Da minha cativa paixão.
O teu sexo
Na minha mão.
O meu peito
Sobre o teu coração
Sulcando jeiras inexploradas,
Sementes nunca dantes semeadas,
Palavras por dizer. Indizíveis.
Os meus olhos
Nos teu olhos.
A minha língua
Nos teus seios apetecíveis.
Amores eternos.
Almas perenes.
Sentimentos tragicamente perecíveis.
Olhei em frente e não te vi.
Algures no caminho esqueci-me
De ti.
E fica-me esta lembrança
Grata e viva
Do teu olhar rompendo
O fumo branco da locomotiva
Agora em meu peito
Trepidante.
Viveu-se uma vida
Num singular e efémero instante.
Passaste
E eu fiquei,
Triste e só,
No lugar que te dei.
jpv
29/08/2012 às 12:55
Obrigado, Sandra, pelo seu comentário. É motivador saber que tocamos as pessoas. jpc
GostarGostar
29/08/2012 às 01:51
Tão doce, tão intenso e emocionante, mexeu comigooooo. obrigada, bjs.
GostarGostar
29/08/2012 às 01:47
Realmente, intenso, doce e confuso, mas muito emocionante, adorei, bjs.Sandra Sila.
GostarGostar
29/08/2012 às 01:03
Obrigado pelo seu comentário, Helena. É bom despertar sentimentos, será bom senti-los, mesmo quando são difusos. Acho que a percebo bem…
GostarGostar
28/08/2012 às 22:57
Esta poesia é tão comovente e intensa que derramou um desespero, um sentimento difuso e profundo em mim.
GostarGostar